Algumas fotos tiradas no trecho da ferrovia Paranaguá a Curitiba.

Olá amigos participantes do fórum Railworks Brasil,

Em companhia de um jovem amigo que é, como outros que conheço aqui, louco para trabalhar com trens, percorremos um trecho da ferrovia que liga Curitiba até Paranaguá. Na cidade de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, existem localidades que já contaram com estações de embarque/desembarque de passageiros. Para não complicar demais, faremos comentários abaixo de cada foto.


Uma dupla de EMD/Villares GT22CUM que hoje atuaram como auxílio de cauda para vencer a parte mais íngreme da subida da Serra do Mar no sentido Curitiba a Paranaguá. Elas ficam no pátio Piraquara denominado pela ferrovia como LPQ. A estação de passageiros, encoberta pelo duplex, está desativada desde a privatização da malha da RFFSA assumida pela concessionária Ferrovia Sul Atlântico, depois América Latina Logística, atual RUMO/ALL.


Nesta foto vemos um trem cargueiro tracionado por um duplex de EMD/Villares GT22CUM que até esse ponto da ferrovia, distante 6 km da estação da foto anterior, recebe o auxílio de cauda (helper) do duplex que fica em stand-by no pátio de Piraquara. O pátio aqui é chamado de Roça Nova, denominado de pátio LRN e o helper vem até a passagem de nível na frente do trem.


Não há necessidade de desengatar manualmente mangueiras ou acionar o mecanismo de travamento das castanhas das mandíbulas dos engates. Quem faz isso é um sistema de ar comprimido acionado automaticamente quando o maquinista aciona o pedal do homem morto e move a alavanca da reversora para o sentido contrário ao que está rodando. E lá vai o duplex de volta para LPQ aguardar o próximo auxílio.


Ao acionar a reversora e pisar no pedal do homem morto, o sistema de ar comprimido pressuriza este pequeno cilindro que puxa o pino de trava da castanha do engate. Dessa forma a mandíbula se abre e o helper se desprende do trem, retornando para sua base.


A antiga estação ferroviária de Roça Nova foi transformada em restaurante.


Nesta foto vemos outra propriedade que se tornou particular. O túnel à direita da imagem é o original da ferrovia quando foi construída em 1885-1889. Já o da esquerda é o único túnel que foi perfurado com o empregado de maquinário apropriado e não apenas explosões de pólvora negra para abrir a montanha. Ele é o túnel 13 e foi o único na ferrovia a permitir a passagem de locomotivas elétricas Metropolitan Vickers até o pátio ferroviário seguinte, que se chama Banhado, denominado LBH, e distante 7 Km a partir da antiga estação de Roça Nova, hoje um restaurante de propriedade do Sr. Ari Portugal.


Descendo por essa escada, os visitantes da propriedade do Sr. Ari Portugal se dirigem ao original túnel 13, transformado em uma caverna, onde seu proprietário promove degustação de espumantes. Os visitantes fazem o percurso até onde é feita a degustação a bordo de um trolley elétrico.


Ruínas de um britador de pedras, mais uma propriedade que foi suprimida pelo Sr. Ari Portugal que decretou o fim das pedreiras na localidade de Roça Nova, o que causou a desativação de três ramais que partiam para a base da montanha de onde se fazia a extração delas.


Ruínas da calha que transportava as pedras extraídas da montanha até o britador para serem moídas e classificadas de acordo com o tamanho. Com o passar dos anos e sem manutenção adequada, o destino dessa estrutura toda é cair no chão de podre que está.

Espero que gostem do artigo.

Abraços do Edu.