Representando a ABPF Regional Paraná em Campinas.

Olá amigos participantes do fórum Railworks Brasil,

Neste domingo, 06/09/2015, eu e um amigo daqui de Curitiba fomos representar nossa regional na reunião da ABPF Nacional que aconteceu na cidade de Campinas. Após a reunião, o fanático aqui foi olhar uma locomotiva a vapor de pertinho. Graças a presença do amigo Vanderlei Antonio Zago foi possível ver, filmar e fotografar muita coisa interessante.

Este vídeo mostra uma locomotiva a vapor de fabricação alemã (A. Borsig). Restaurada como Estrada de Ferro Araraquara, a EFA#9 é uma twelve wheeler (4-8-0). O viaduto em concreto tem velocidade restrita para tráfego de apenas 5 km/h, não foi o maquinista que perdeu o controle do equipamento e ele sofreu para subir.

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Nesta estação que já pertenceu a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro fica a oficina da Regional Campinas da ABPF. O pátio é cheio de tesouros entre as peças de seu acervo. Sentindo-me o próprio Tio Patinhas nadando em seu dinheiro ou um garoto no meio de um local cheio de doces podendo escolher o que quer pegar, fotografei muita coisa.

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Para a esquerda da locomotiva a vapor 505 existem outros ramais que tem locomotivas, carros de passageiros, guindastes ferroviários. Como não tinha tempo para percorrer o acervo todo um a um porque queria voltar com o trem para o final da linha, filmei a ALCO RSD-8, última restauração feita pelos amigos de Campinas, que teve a pintura da ALL removida para a aplicação da pintura da Cia. Paulista de Estradas de Ferro.

Na estação de Jaguariúna observamos os colegas de Campinas abastecer a locomotiva a vapor NOB 401 com água e meu amigo Evandro ajudou a fazer a manobra no girador de locomotivas para regressar com a máquina para Anhumas.

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Depois dessa manobra, a locomotiva a vapor foi acoplar nos carros de passageiros para formar o último trem do dia. Filmei o recuo da locomotiva a vapor para o acoplamento. E, como manobrador que me tornei aqui, não pude deixar de dar palpites...

Para os amigos que curtiram o filme Unstoppable (Incontrolável), uma das falas do ator Denzel Washington, o maquinista Frank Barnes, contém um erro operacional. Não é necessário ter o acoplador do vagão aberto, mas sim apenas um deles, pode ser o da locomotiva ou o do vagão. Se os dois acopladores estiverem abertos, o resultado nós podemos ver no filme. O pino que trava a mandíbula não desce.

Com o último trem do dia formado, eu e o meu amigo tivemos a oportunidade de andar na cabine da ALCO RSD-8 com o maquinista Leonel (ex-FEPASA) que chegou a trabalhar com essa mesma locomotiva na ferrovia. Indescritível era a minha alegria dentro da cabine, em primeiro lugar por conta da reforma geral feita por dentro e fora da locomotiva, incluíndo o motor diesel ALCO 6-251C com sua peculiar nuvem de fumaça escura ao acelerar forte, mas também por escutar o som da tiragem das rodas da locomotiva a vapor em cadência com a diesel acelerando para vencer as subidas do trecho de ferrovia que percorre entre as estações de Jaguariúna e Anhumas.

Tirei fotos de algumas das locomotivas que estão lá para restauração. Algumas delas foram fabricadas no século XIX, como esta aqui:

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Abraços do Edu.

Oi Edu e demais amigos, ser um membro da ABPF, tem certas vantagens, essa é uma delas, poder não apenas ver de perto todo esse material, mas, poder estar muito mais próximos dos equipamento,s do que um simples visitante.
Todos nós, temos aquela vontade incontrolável, de conduzir uma locomotiva, à vapor ou à diesel, e você, quando vai conduzir uma delas ou as duas?

Eu acho que esse tipo de passeio, é como visitar a fábrica de brinquedos do Papai Noel, a magia o encantamento, são demais, e com certeza, o coração bate muito mais forte, pois, a emoção toma conta dele.
Quando eu vi pela primeira vez duas AC44i, juntas, eu fiquei deslumbrado, se pudesse subir à bordo então, acho que teria um infarto, tamanha a minha alegria, rsrsrs.

A Alco RSD-8 pintada com o padrão da CPEF, ficou muito linda, pelo que pude ver no vídeo.
Mais uma que aprendi, eu não sabia que na hora de engatar, apenas um dos engates, precisa ficar aberto.
Um tópico assim, merece um verdinho +, com dois louvores, rsrsrs.
Abs, do JR.

Oi, Edu, Julio e demais amigos do RailWorks do Brasil,

A uns 18 anos +- atrás, ,eu estive em Campinas e visitei perto do Carrefour uma ferrovia que tem passeios de Maria Fumaça entre Campinas e Jaguariuna, na época falei para o maquinista que era filho de maquinista ferroviário é o maquinista deixou eu fazer o passeio dentro da locomotiva a vapor. Lembro que foi muito 10.

Júlio esse sentimento de querer pilotar uma locomotiva, sei muito bem o que é isto, como já mencionei aqui algumas vezes, já tive o privilégio de pilotar vários modelos é sei como é esse sentimento, porém sempre que pilotava tinha meu velho do lado ensinando.

Belo, Edu, mais um positivo para você.

Oi Julio Rail, rogerio e demais amigos participantes do fórum Railworks Brasil,

Agradeço os comentários e os positivos recebidos.

E o amigo Julio tem razão em sua afirmação que era como se sentir uma criança dentro da fábrica de brinquedos do Papai Noel. Não é exagero dizer que precisaria de algumas horas para documentar tudo o que tem dentro do pátio de Carlos Gomes, mas tirei fotos de várias identificações de bronze das locomotivas a vapor que não havia como enquadrar numa foto panorâmica por conta da falta de espaço entre os ramais. A locomotiva a vapor mais antiga que encontrei andando entre as linhas foi uma 0-4-0 de fabricação alemã.

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Por enquanto, eu sou apenas manobrador e aqui em Curitiba só temos uma locomotiva de manobras a diesel. Locomotivas a vapor tem suas características peculiares. É preciso conhecer o equipamento e o trecho em que ela vai rodar, pois para completar o nível de água na caldeira, é necessário que se faça num trecho em que não se precise usar a plena capacidade de tração, pois a injeção de água fria fará a pressão baixar. Então, locomotiva a vapor é um capítulo que precisaremos estudar muito aqui em Curitiba. Se nossa operação for realizada como a que fazemos com nossa diesel, não terá muitos problemas. Apenas saber onde e quando aumentar o fogo e onde e quando injetar água fria para que a caldeira não se deforme. No nosso simulador é fácil, porque tem o foguista automático.

Quanto ao comentário do amigo rogerio, ele cita a estação ferroviária de Anhumas, que fica distante 300 metros do Carrefour de Campinas. Ali permanecem alguns dos materiais rodantes do acervo da ABPF Campinas.

Espero poder voltar com tempo para poder fazer mais do que fiz nesse domingo. Imaginem só ser escalado para trabalhar numa locomotiva. Não andei na locomotiva a vapor porque o espaço para foguistas e maquinista é pequeno e eu teria que ir sobre a lenha do tender, e bitola métrica balança muito. Apenas os carros de passageiros tem suspensão com capacidade de se equilibrarem neste balanço. Nas locomotivas a diesel e a vapor as pancadas são sentidas pela tripulação.

Abraços do Edu.

Olá amigos participantes do fórum Railworks Brasil,

Vou postar as fotos que fiz da cabine da ALCO RSD8 905, restaurada para a pintura da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, ex-3505 da ALL.

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Câmeras instaladas sobre os dois engates ferroviários servem para minimizar a função dos manobradores. Se ampliarem as imagens das câmeras podem conferir a castanha que trava a mandíbula.

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Painel de comandos da ALCO RSD8, lembrando que ela não tem freio dinâmico.

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Além do velocímetro mecânico marca Hasler, que é funcional, sobre o painel auxiliar com os manômetros e um marcador de temperatura do motor está um velocímetro digital. Nas locomotivas a vapor o pessoal a ABPF Campinas também usa velocímetros digitais.

Abraços do Edu.

Última edição por Julio Rail em Qua Set 09, 2015 3:53 pm, editado 1 vez(es)

Oi Edu e demais amigos, dá gosto ver uma locomotiva recuperada, restaurada, não apenas por fora, mas, no interior também, os painéis ficaram como novos, chamam à atenção, os dois freios prateados.
Eu sinto apenas, a mais bela das locomotivas, a V-8, não ter recebida a devida atenção, pelo que sei, apenas, uma foi preservada, as restantes estão apodrecendo em Bauru, estou certo?
Um verdinho +, por mais esse tópico, ok?
Abs, do JR.

ola amigos do fórum bom dia a todos, e ótimo quando entramos no fórum e nos deparamos com matérias como essa obrigado edu pelo lindo trabalho não é sempre que podemos ver essas raridades do passado e quando alguém consegue compartilhar um pouco do que viu com a gente só temos que agradecer, ta positivado pela sua matéria e pela humildade de sua pessoa em estar sempre nos auxiliando com seus conhecimentos do meio ferroviário em geral.

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